Este sábado, por vários motivos relacionados com visitas de amigas mais ou menos liberais (politicamente!), acabei por ficar em casa no Sábado à noite. Isto teve duas vantagens: não só pude descansar dos dois últimos fins de semana sem dormir, como escrever qualquer coisa que prestasse, meter na pen e publicar esta semana, no computador do escritório. E com acentos, o que me dá imenso prazer.
Para que serve o Estado (3 pontos sem ordem de importância)
1. Para proteger os mais fracos dos mais fortes – e é por isso que polícia e tribunais devem funcionar e ser modelos de eficiencia, não só em relação aos abusos dos cidadãos mas também aos das empresas que prestam serviços;
2. Para proteger o país, e cumprir acordos de segurança internacionais – e para isso precisa de um Exército digno, especializado mas ancorado na população, não em mercenários;
3. Como modelo moral. O Estado é o garante da Lei e esta não pode relativizar o bem e o mal – a prostituição e as drogas, por exemplo, são coisas negativas em si mesmas, e a sociedade não deve aprová-las. Quando muito, por uma questão de pragmatismo, pode tolerá-las, mas não achar “bem” uma coisa que intrinsecamente é “mal” (e desafio quem quer que seja a provar que pagar para ter sexo pode ser um acto elevado), apesar destas duas coisas serem, em princípio, da responsabilidade exclusiva de cada um.
[pode-se tambem invocar um argumento liberal, que é o de que o facto de uma pessoa poder ir às meninas ou mandar o caldinho livremente contribui para a degradação da sociedade, e assim vai afectar terceiros que nada têm a ver com isso]
Este último ponto também se aplica no caso dos países nórdicos, em que não só o Estado encaixa mais de metade da produção dos cidadãos, como comete o erro de lhes dar tudo o que eles precisam e querem, tirando-lhes assim qualquer hipótese de satisfação pessoal com o facto de se esforçarem para atingir um objectivo.
Nada mais me ocorre. Hospitais, escolas, televisões, arquitectos, podem ser todos privados que não vem mal nenhum ao Mundo. Antes pelo contrário, e só assim o Estado se pode livrar dos pesos mortos que consomem a riqueza produzida pelos cidadãos e cumprir as suas (poucas e importantíssimas) funções como lhe compete.
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